GRUTA DE JEITA
O Líbano é um país com uma rica área de montanhas que oferecem um cenário propício à aparição de cavernas em diferentes regiões. Gotas de água trabalharam por milhões de anos nas rochas dessa caverna do Monte Líbano, próxima ao vale do rio Nahr el-Kalb (Rio do Cão), na região de Kesrwan ao norte de Beirute. A Gruta é um dos destinos extraordinários que merece ser conhecido. Visitar suas cavernas é como andar em uma terra fantástica, num mundo misterioso cheio de paz e beleza.
Estacionamento do local
Carrinho que desce até a entrada da gruta
A Gruta de Jeita possui dói níveis: a caverna de baixo, a primeira a ser descoberta em 1836 e aberta à visitação em 1958; e a caverna de cima, descoberta em 1969 e aberta à visitação em 1979. A distância entre a entrada da gruta e a parte mais baixa é de 108m, que são facilmente percorridos por caminhos construídos para esse fim, e com iluminação especialmente projetada na Alemanha, para que a luz não deteriore as formações rochosas. Como medida de segurança é proibido tirar fotos da gruta e por isso as fotos de seu interior foram retiradas de alguns sites.
Mas como essas formações ocorrem? A água, saturada de bicarbonato de cálcio, entra na caverna através de fendas na rocha, e depositam esse bicarbonato através de dois processos:
1. Pela degasificação do gás carbônico e a precipitação do bicarbonato que ao cair se cristaliza e se calcifica (formando as estalactites)
2. Por evaporação e depósito: a água evapora e o bicarbonato se cristaliza lentamente e calcifica (formando as estalagmites)
Assim, a ação da água por milhões de anos fez surgir rochas espetaculares nessa gruta, com diferentes formações: desde finas estruturas como se fossem velas derretidas até enormes pilares como se fossem colunas romanas. São centenas de estalactites, estalagmites, colunas (junção de estalactites e estalagmites que demora 1 milhão de anos para se formar) das mais variadas formas e tamanhos.
E cada nível da gruta tem sua característica peculiar:
A caverna de cima, também chamada de “catedral de pedra”, tem a temperatura constante de 22 Cº, e é visitada a pé por 750m. (dos 2.200m explorados). Nela podemos apreciar formações espetaculares como a enorme coluna que recebeu o nome de “Torre de Pisa” e também a maior estalactite do mundo, com 8,20m. de comprimento.
Na caverna de baixo, que tem temperatura constante de 16 Cº, pode-se apreciar a pé uma pequena parte da caverna, mas o mais incrível é o passeio de barco num lago subterrâneo por 500m (dos 6.200 explorados) de puro encantamento: é como penetrar numa terra mágica, misteriosa, onde o silencio apenas é quebrado pelas gotas de água que caem no lago e pelo ronco do motor do barco, já que os visitantes estão tão extasiados e boquiabertos por sua beleza que mal conseguem emitir um comentário. Fantástico! Sem dúvida, um passeio imperdível e inesquecível.
Faça um tour de 360 graus pela Gruta de Jeita
BIBLOS
Biblos é uma cidade costeira situada a 37km ao norte de Beirute, e é um dos sítios arqueológicos fenícios mais antigos do mundo, com ao menos 7.000 anos, um dos poucos habitados desde sua fundação, e tombado pela UNESCO. Embora hoje seja uma cidade moderna, conserva em antigos bairros seu milenar passado desde a época neolítica.
Por milhares de anos a cidade foi chamada de "Gubla" e mais tarde de "Gebal", enquanto o termo "Canaã" foi aplicado para a costa em geral. Foram os gregos, algum tempo mais tarde em 1000 a.C, que deram o nome da área da costa de "Fenícia", e chamaram a cidade de "Biblos" (papiro em grego), porque esse centro comercial era importante para o comércio do papiro que se importava do Egito.
Durante o primeiro milênio a.C, o comércio da cidade foi consolidado com a venda de cedro, óleo de oliva, vinho, ouro e papiro, apesar das reiteradas invasões dos assírios, babilônicos e persas. Entre os numerosos restos arqueológicos se destaca a Fortaleza Persa (550-330 a.C), cujas muralhas ainda permanecem erguidas. Após ser conquistada por Alexandre, o Grande, Biblos foi dominada pelos gregos e adotou a cultura e a língua gregas. Em seguida vieram os romanos (64-395 a.C), que trouxeram as construções de grandes templos, banhos, colunas romanas e artefatos, os bizantinos (395-637 a.C), os árabes (637-1104), os cruzados, os mamelucos, entre os séculos 13 e 16, e os otomanos.
Caminhos do centro histórico
E para conhecer o magnífico passado da cidade, basta ir até o Castelo dos Cruzados e andar a pé pelo sítio arqueológico
Castelo da época dos Cruzados
Vista parcial do porto e ruínas ao fundo
A cidade hoje reflete uma mescla de modernidade e antiguidade: o antigo porto, o castelo e a igreja junto a modernas fachadas de vidro. Além do lado histórico, Biblos tem uma das mais belas praias do Mediterrâneo. Até a guerra civil, playboys europeus viajavam até lá nos seus iates. Um deles, o espanhol Pepe, decidiu ficar e fundou o restaurante onde fomos almoçar, que é um dos mais famosos do país.
Entrada do restaurante do Pepe
Restaurante do Pepe
Lojas de souvenir e rua dos pedestres
Ruas medievais no centro histórico
Ruelas de pedra no centro histórico
E se tiver sorte ainda poderá contemplar um lindo por do sol à beira mar com o passado e o presente como testemunha
HARISSA
Um bonito passeio é visitar a estátua da Nossa Senhora do Líbano em Harissa, pois de lá se tem uma bela vista panorâmica da cidade de Jounieh que está colada a Beirute. Pode-se chegar ao local pela estrada que sobe o morro onde está a estátua em seu topo, e descer por um divertido teleférico até próximo da avenida que leva a Beirute.
Pode-se subir ao topo da estátua por uma escadinha lateral e desfrutar uma vista muito bonita lá de cima, e embaixo da estátua encontra-se uma singela igreja em homenagem à santa. Mas chama também atenção a construção de uma igreja mais atual com arquitetura moderna.
Vista noturna de Jounieh
Teleférico
Jounieh
Depois que descer pelo teleférico lembre que Jounieh é uma espécie de Montecarlo do Oriente. A cidade possui o famoso cassino do Líbano, e também é um interessante programa para se fazer a noite. Não custa tentar a sorte por lá!
Ameeeeeei muitooo seu blog, vc realmente está de parabens... atraves dele conheci muito mais ainda o meu país... PARABÉNS NOVAMENTE
ResponderExcluirPena que não sei seu nome "Anônimo", mas fica aqui meu agradecimento pelos elogios, principalmente vindo de um libanês. Seu país é realmente maravilhoso, uma viagem que deixou muitas saudades. Se tiver oportunidade vá ao Líbano na sua próxima viagem, vale a pena!
ResponderExcluirOla eu tive o prazer de conhecer todos esses locais incluindo Baalbeck...é um país lindo. Suas belezas naturais são encatadoras. Sem contar que eu fui muito bem recepcionada pelo fato de ser brasileira.
ResponderExcluirVou em outubro ,estou bem ansioso!
ResponderExcluirAlberto, vai adorar! Boa viagem
ExcluirMinhas lembranças são as melhores. De Sídon aos cedros no norte. De Beirute, zarlie e vale de Baalbec. Um enriquecimento histórico da maior importância.Sem falar na amabilidade do povo é da culinária que dispensa comentários.
ResponderExcluirCedros do Libano,estampado em sua bandeira, viril e altaneiro, forte como seu povo,do qual tenho orgulho de ser descendente.Parabéns pela reportagem que sòmente hoje 17 de março vi. Como lá estive,graças a Deus, não poderia deixar de lembrar das maravilhas que vi,inclusive as ruínas da casa paterna em Abaedet,o MOSTEIRO DE ST.CHARBEL, Via Romana,etc,etc,etc...Obrigado.
ResponderExcluirKachan bom dia, estou a procura de Abaedet no Libano e não encontro, mimha família é de lá... você poderia me ajudar a localizar ou dar um ponto de referência? Obrigado pela atenção desde já!
ExcluirChedid, ao que parece o nome correto da cidade é Abedet. No jornal Estado de SP tem uma notícia que diz que os familiares de Paulo Maluf começaram a chegar de Abedet, no Líbano, ainda no século 19. Não conheço o local, espero que Kachan veja seu comentário e ajude. Boa sorte
ExcluirOi Christina, vou para o Libano no próximo ano e gostaria de saber que tipo de transporte podemos usar para conhecer esses lugares mais distantes.
ResponderExcluirSimone, eu fui com uma excursão organizada para o meu grupo de viagem. Talvez você consiga visitar algumas atrações com a indicação de tour no seu hotel. Ou então pode contratar tour pela VIATOR. Já usei algumas vezes em outros países e funciona muito bem. Segue o link da Viator para Beirut: https://br.viator.com/pt/8328/Beirut/d4215-ttd
ExcluirAmei! Sou louca para conhecer, sou neta de libaneses, um dia irei, obrigada.
ResponderExcluirAgradeço as informações que você apresentou em suas publicações sobre o Líbano. Serviram de base para o nosso planejamento e permitiram ajustar o tempo com os locais de interesse a serem visitados. Parabéns pela linguagem simples e objetiva de se blog. Luiz P.Leite
ResponderExcluirLuiz, obrigada pela visita ao blog. Fico feliz em poder ajudar. Volte sempre e boa viagem!
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